Ou há ou não há. Ou se tem ou não se tem.
Também acredito que se constrói, que se aperfeiçoe.
Ainda assim, ou há sinais desde o instante imediato, ou não há.
Nós temos.
Tu adoras o meu arroz empapado, terrível ao paladar de qualquer um. A música corre em sistema random e dá aquele 'somzinho' em que ambas gritamos enquanto saltamos da cadeira "esta música é que é, põe mais alto". O chão e o sofá são nossos. Bebemos o mesmo vinho e deliramos com o mesmo licor.
Somos pessoas totalmente diferentes. Totalmente diferentes. E tocamo-nos em tantos pontos. Tantos pormenores. Somos tão feitas de pormenores.
Tu lês-me. Eu leio-te.
Não há mágoa que subsista; ressentimento qualquer que perdure.
Perante uma e outra não há pecado. Não há maldade. Somos da matéria que somos feitas. Aceitamos a matéria da outra. Abraçamo-la. Sorrimos perante os defeitos. Abanamos a cabeça perante o que já sabemos ser óbvio. Estamos para o que for.
Nada em nada será comparável com o que temos. Inicial, bruta, pura e dura. Para o bem e para o mal. Eternas Pessoas.
E isto é química. Pura química.
(Não, por muito que me esforce... simplesmente não cabe nas palavras.)
:')
ResponderEliminarNaquela noite de confidências nos Leões, os dados estavam lançados, os planetas alinhados, e Penélope alguma desfaria a teia que - deliciosamente - se teceu. :)
Diametralmente opostas em tanta e tanta coisa, e, no entanto, sempre tão sincronizadas.
Pura química.'Inicial, bruta, pura e dura' :') É tão isto que até me aleija...
Melhor. Maior.
Casa. Chão. Bem definitivo.
E é aqui - nestes (não) espaços, nestes interstícios cósmicos - que se manifesta O deus. Química.
Pura química.