sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Alma que dança


Tenho uma alma que dança, um coração constantemente saltitante. E são de todas as cores.
Apaixonei-me tantas vezes quantas as que me desapaixonei. Curiosamente, até hoje ainda digo que as paixões não retribuidas foram as mais fortes.

Eu digo-o. Digo-o por dizer. Digo-o porque o Woody Allen outrora o disse. Digo-o porque todas as desilusões, todas as mágoas, todos os fins, parecem marcar - e não creio falar só por mim - bem mais do que todas as boas surpresas, as alegrias ou os começos.

Assim cheguei a ti, com a noção desta alma dançante, do coração periliquitante, da constante ansiedade, da dúvida sempre presente. Sabendo que se me correspondesses, não equivalerias a todas as paixões não correspondidas. Assim entrei e deixei-te entrar, sempre consumida com esta maneira de ser e estar, sabendo que não a poderia contornar, não por vontade própria. Já tinha tentado. Nunca tinha resultado.

Agora olho-te. Olhamo-nos de frente. Nunca senti nada assim. Não és a paixão mais forte porque nunca me causaste angústia. És a paixão mais verdadeira, és aquela que tem perdurado na sua constância. És a paixão mais bruta, pura e crua: conheço-te e tu conheces-me e ainda assim estamos apaixonados. Sabemos o que detestamos no outro, ainda assim estamos apaixonados.
Não me traumatizaste, não me melindraste, não me feriste. És a paixão da minha vida e a minha alma dança a esse som, a esse ritmo descompassado que me provocas. A dança é outra. Dança-se a dois. Dançarei sempre contigo. Com todas as cores que ambos comportamos.

3 comentários:

  1. Bonito.:)

    ass. Ricardo Costa

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  2. :) És sem dúvida a pessoa que conheço que melhor transcreve aquilo que lhe vai na alma. ;) Ainda mais, escreves para MIM. AMO.TE! João Vítor

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