terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"ORNATOS VIOLETA: OS CÃES TAMBÉM SOFREM"


O cão transformou-se num monstro e começou a precisar de amigos. Será que tentou ser melhor? Disse que a razão estava cega, que o amor tinha acabado sem perceber. Mas será que se portou bem? Disse que viria lá um homem, que seria como ela. Mas será que tentou? Ele quis pagar de outra forma, mas não conseguiu. A cidade ficou deserta, a casa ficou vazia e o medo da letra S transformou-se na realidade, ora amarga, ora doce, para nos lembrar que “o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura”.


Um texto que insere as letras dos Ornatos Violeta em toda uma vida e como tão bem encaixa! Merece ser lido. Por aqueles cujos Ornatos influenciaram a vida e por aqueles que... ainda vão a tempo!


"Ornatos é algo nosso, particular, diferente de pessoa para pessoa. A única história de Ornatos que podemos contar é a nossa. E aqui vai."


Aqui!

5 comentários:

  1. :')

    Que preciosidade... Devia ter vindo num papel manuscrito, a embrulhar as nossas prendas de Natal :)

    'O Monstro Precisa de Amigos, foi no fundo a concretização da operação minimização do ego maximizado, ou “O.M.E.M”. Ele precisava do que todos um dia precisamos. De perceber que há coisas que são só coisas, que há amores que valem a espera, que há coisas que não se fazem, ou desfazem. Talvez o cão estivesse errado, mas teve de sofrer, muito, para perceber que para estar bem é preciso fazer bem. Se não mais do que sós, como na letra S, vivemos sós e com pesadelos. Era o que Manuel Cruz nos dizia, que nada era fácil, nunca tinha sido. Mas que o dia é hoje, mas volta amanhã. Que o mundo nos dá a oportunidade de fazer melhor, optar pelo bem, amar, sem merdas, sem ego, com um bocadinho menos de ego. É que o ego às vezes é tão sedento de si, que se torna autofágico. E quem é que quer ser autofágico?'

    Sem merdas.

    ResponderEliminar
  2. Quando descobri isto, nem quis acreditar!!! Está bom demais, mesmo. Há quem saiba escrever e sentir! E escrever sobre o que sente. E escrever sobre como sente Ornatos. Fogo... há gente perfeita! :') :D

    ResponderEliminar
  3. "O cão transformou-se num monstro e começou a precisar de amigos. Será que tentou ser melhor? Disse que a razão estava cega, que o amor tinha acabado sem perceber. Mas será que se portou bem? Disse que viria lá um homem, que seria como ela. Mas será que tentou? Ele quis pagar de outra forma, mas não conseguiu. A cidade ficou deserta, a casa ficou vazia e o medo da letra S transformou-se na realidade, ora amarga, ora doce, para nos lembrar que “o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura”." ... Adorei! Vou começar a ver com outros olhos estes Ornatos! ;) Beijito*

    ResponderEliminar
  4. Para mim, a melhor parte do texto! Tens de ler com atenção todo o texto, ainda que seja um pouco longo. Vale a pena, vale tão a pena "entender" Ornatos!
    E lá está... mesmo que musicalmente não te transmitam grande coisa... no fim acabarás por admitir que as letras são qualquer coisa de assoberbante! Poesia pura. Pura e dura. Dura de entender até. É quase um filme de Lynch.
    Mas além de o admitires, irás agradecer. Os Ornatos podem ajudar a preencher um bocaidnho mais a vida e funcionam ainda melhor quando estamos na mó de baixo. Manel Cruz sabe o que é ser-se Pessoa. E Cão. E Monstro. Enfim, Pessoa(s) :)
    Beijinho *

    ResponderEliminar
  5. :) Agora eu entendo a tua fascinação! ;) Beijito*

    ResponderEliminar

Pulsa!