segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sinto, logo existo.

“(…) Tudo isto me é dado em oferta: eu choro, eu escrevo, eu consumo-me e atenuo, ando, ininterruptamente medito, poluo-me de mim mesmo, ininterruptamente morro, e delego o meu amor, que me faz vivo para me matar, à noite, à floresta, sons e silêncios.”
“Amor” de Giorgio Manganelli

Um blog que não tem a audácia de ensinar nada a ninguém, talvez de nem sequer trazer alguma novidade, no imenso vasto de pensamentos alheios que afluem na internet.
Serão desabafos, risos, choros, lamúrias, partilhas, reflexões, delírios, loucuras, redenções, paz. Sempre com espaço para dissertações culturais, seja no âmbito do cinema, da música, da poesia, da literatura…
Garra. Turbilhão. Paixão.
Porque entendemos que o necessário para se viver é sentir as veias a pulsar, o coração a bater, o corpo a ferver.
É sentir. É o abraço quente daquilo que se sente, não obstante as possíveis contrariedades do mesmo.
Se pomos de parte a racionalidade? Naturalmente que não. Ela faz parte do nosso quotidiano e, como com qualquer um de nós, racionalidade e emoção conflituam, chocam, travam batalhas e nunca se conclui um vencedor.
Mas o caos que nos preenche é todo ele coração. E paixão, pela vida vivida nessa mesma medida.
Choramos, escrevemos, consumimo-nos, atenuamos, meditamos, morremos. Haverá noite, floresta, sons e silêncios.

Sentimos, logo existimos.

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