«E agora, vens resgatar a mísera desordem do meu afecto por ti?»
Inês Pedrosa (adaptado)
Facto. Facto. Não carece de prova. Não há margem sequer para a dúvida razoável.
Facto.
Estás dentro de mim. 'Por dentro de mim'.
E não há um estúpido sítio onde eu vá em que não estejas.
Não há.
Sítios cheios de gente, grandes, demasiado grandes. Impessoais. Como a paragem de metro.
Sítios pequenos, demasiado pequenos, estreitos. Como o corredor que dá para a biblioteca.
E depois ... em coisas pequenas que (me) são maiores.
Tu na minha caixa de música. Tu nos nocturnos do emu mp3. Tu no sublinhado dos meus livros.... os meus livros demasiadamente lidos e relidos, riscados e anotados.
Tu no silêncio do meu quarto.
E o pior.. é quando estás e não estás. Quando cresces na ausência. E só de pensar numa ausência continuada, premeditada e instigada, começa-me logo a doer o esófago. sim, o esófago... é para lá que vão todas as minhas dores e desconfortes. Desde miúda... Não é tanto o coração que me dói. É o esófago. Falta d'ar. Arritmia. Taquicardia. Sopro. Mas não é tanto aí que me dói. É no esófago. Como se não saísse nada. como se não entrasse nada. Estagnação continuada.
São os cinco sentidos 'todos num confundidos'. O caos emocional. A sagacidade intelectual que nada pode contra um batimento (ir)real, descompassado, dessincronizado. a acuidade cristalina do partilhado. A angústia do não vivido. O tempo a desatar a correr. As premonições aziagas. O medo. O medo, de quando em vez, a raiar o pânico. O chão a fugir. E tu. E eu. e eu sem ti. E eu contigo mas sem ti. e tu dentro de mim. 'Por dentro de mim'. E eu. Eu a quebrar. E eu a rezar - como a voz na rádio - 'para que desaparecesses. para que ficasses'.
Tu a nao saires. Tu a não ficares.
Dificuldade em inspirar e expirar.
Falta d'ar.
...
Morrer ou matar.
Facto.
Estás dentro de mim. 'Por dentro de mim'.
E não há um estúpido sítio onde eu vá em que não estejas.
Não há.
Sítios cheios de gente, grandes, demasiado grandes. Impessoais. Como a paragem de metro.
Sítios pequenos, demasiado pequenos, estreitos. Como o corredor que dá para a biblioteca.
E depois ... em coisas pequenas que (me) são maiores.
Tu na minha caixa de música. Tu nos nocturnos do emu mp3. Tu no sublinhado dos meus livros.... os meus livros demasiadamente lidos e relidos, riscados e anotados.
Tu no silêncio do meu quarto.
E o pior.. é quando estás e não estás. Quando cresces na ausência. E só de pensar numa ausência continuada, premeditada e instigada, começa-me logo a doer o esófago. sim, o esófago... é para lá que vão todas as minhas dores e desconfortes. Desde miúda... Não é tanto o coração que me dói. É o esófago. Falta d'ar. Arritmia. Taquicardia. Sopro. Mas não é tanto aí que me dói. É no esófago. Como se não saísse nada. como se não entrasse nada. Estagnação continuada.
São os cinco sentidos 'todos num confundidos'. O caos emocional. A sagacidade intelectual que nada pode contra um batimento (ir)real, descompassado, dessincronizado. a acuidade cristalina do partilhado. A angústia do não vivido. O tempo a desatar a correr. As premonições aziagas. O medo. O medo, de quando em vez, a raiar o pânico. O chão a fugir. E tu. E eu. e eu sem ti. E eu contigo mas sem ti. e tu dentro de mim. 'Por dentro de mim'. E eu. Eu a quebrar. E eu a rezar - como a voz na rádio - 'para que desaparecesses. para que ficasses'.
Tu a nao saires. Tu a não ficares.
Dificuldade em inspirar e expirar.
Falta d'ar.
...
Morrer ou matar.
Intenso,sincero e genuíno...O melhor de todos...Muito sentido e com o teu toque de classe...Escreves muito bem,mas ainda melhor quando te expões.
ResponderEliminarbeijinhos
GOSH! Comentei pessoalmente, não quero dissecar o tema por aqui. No entanto, há que fazer o devido destaque: que escrita perfeita, fascinante, sublime! :)
ResponderEliminarAh já me esquecia da pedra de toque:
ResponderEliminar"Quase pecado que se deixa...
Quase pecado que se ignora..."
:)