quinta-feira, 27 de maio de 2010

| Walls |


E quem não consegue perceber isto...
 Ou deve muito à inteligência ou é o pior cego (sim, o que não quer ver).
Afastarmo-nos de alguém de quem gostamos nunca é decisão de ânimo leve, nunca é sinónimo de sermos más pessoas, não significa que a nossa vida vá correr melhor, nem sequer que estejamos convencidas de que tomamos a melhor opção.
Às vezes as paredes têm de ser postas em prol da nossa sanidade mental e emocional.
Por vezes colocam-se para testar quem tem a força de as derrubar.
Simples.

11 comentários:

  1. Hmmm...

    Princípio básico da necessidade:
    - Por vezes as opções não são melhores. Tb não são piores. São necessárias. São o que são. O que têm de ser.

    Ninguém se afasta do que quer - quer muito - de ânimo leve. Ninguém troca uma estrada larga, por uma torre de marfim, como se troca um cromo repetido. Ninguém.

    Princípio básico da idiossincrasia:
    - Cada um faz o que pode, como pode e enquanto pode.

    Princípio básico da não assunção:
    - Tu és SÓ tu. Por mais que tentes aceder ao outro, nunca te transfiguras no outro. Como tal, na relação eu/outro, por gentileza, põe de fora os moralismos, o mítico 'se fosse comigo' e o lamentável 'eu? fazer isso? Nunca na vida!' (ainda há quem acrescente um trágico-cómico...'nem morto!').

    Princípio (básico?) da física quântica - (até) é possível atravessar paredes :)

    Portanto, paz às almas na terra insuficientemente amadas e aos homens por elas amados/dissecados e, por vezes... necessariamente apartados.

    Uma parede cai.

    É preciso é querer derrubá-la.

    Não é fácil. Tb não é simples. Tal como erguê-las tb não o é. Mas é possível.
    Basta querer.

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  2. Não acho que seja isso que a frase quer dizer...Pelo menos não é assim que eu a entendo...Não a entendo como, por vezes temos que nos afastar de alguém para manter-nos inteiros ou com sanidade mental...
    É a ideia,por vezes erguemos muros diante de nós,mas não tanto para que os outros não possam entrar, mas com a ideia de nos protegermos e saber quem tem a preserverança e a verdadeira vontade de conhecer o que há para lá do muro...Quem tem a vontade de as derrubar...Isso significa, ter a coragem de ficar, não de partir...
    Sim,por vezes erguemos muros...Não para nos escondermos do Mundo, mas para nos protegermos dele, e esperar pelo dia, que alguém tenha a vontade,desejo ardente,força,perserverança, sonho, dose de irracionalidade, de fé,chamem-lhe o que quiserem, de que vale a pena derrubar muros...Mesmo que isso por vezes afecte a nossa capacidade mental e emocional...mesmo que por vezes doa...mas quem alguma vez disse,que derrubar muros não teria que aleijar...?Os 1ºs tijolos custam muito a derrubar...mas, chegados a uma altura, sobrarão apenas ligeiros destroços...e aí, derrubarás o que resta, com um ligeiro sopro...

    Intepretações diferentes da mesma frase.
    Nesta,fico-me com o que escreveu a Joaninha...;)
    Surpreendentemente,até é possível atravessar paredes...;)

    beijinhos

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  3. A Joaninha não discorda de nada do que a Bruna escreveu... nada do que escrevi anula o que foi escrito pela Bruna - e reiterado pelo anónimo - Cada um perspectiva os problemas à sua imagem e semelhança, lá está...

    Mas se a questão se resume, ou passa muito por um 'partir ou ficar', deves tb notar que quem parte ou fica tb tem direito a estar emparedado.
    E essas paredes, essas, tb se derrubam... assim o queiram. E queiram na estrita medida do necessário, para o efeito. Uma vez mais, tudo se resume a essa gd querida, a essa gd fofa que é a Vontade. E, a verdade, é que ela nem sempre nos assiste (mais). O que, no fim de contas, somando e baralhando, é perfeitamente legítimo.

    Queres que eu aceda a ti? Então, dispõe-te a aceder tb a mim. Aqui, como no demais, tem de haver concertação de esforços.
    Vontade.

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  4. "Concertação de esforços" é possivelmente a melhor expressão, oferecida aqui pela Joaninha.

    A frase para mim é cristalina na interpretação que lhe dei e a Joaninha em tudo concordou comigo, não tivemos qualquer discórdia sobre tal assunto, apenas dissecou e colocou o assunto por outras palavras.

    O problema é (tb) o egoísmo que nos é inerente - a todos nós. Interpretamos o que quisermos como mais nos apraz e raramente conseguimos calçar os sapatos dos outros. O que pode tornar uma pessoa muito inteligente numa de horizontes totalmente fechados, quase que como com palas.

    Como terminei o assunto: Simples. Esta questão, para mim é simples de entender. Se conseguir colocar os sapatos de outrém.

    Beijinho *

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  5. Não vejo assim...Não vejo que uma frase que diga que erguemos muros para ver quem tem a vontade necessária de os derrubar, seja o sinónimo de que os colocamos para fugir ou nos escondermos ou mantermos a nossa sanidade mental...que os muros são feitos para partir ou afastarmo-nos de alguém...É exactamente aí que entra a vontade...a vontade das pessoas ficarem, de terem a força e vontade de derrubar muros...Não havendo vontade, não há muro sequer, é só passar ao lado dele, ou virar costas e seguir outro caminho...
    .
    E um muro,divide sempre dois lados...não apenas um...algo que também acho que não deve ser esquecido na citação.
    .
    Mas lá está,é possível que fique a dever muito à inteligência. Mas é a minha interpretação.
    .

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  6. A tua interpretação em nada fica a dever à inteligência. Aliás, se falássemos em situações gerais e hipotéticas, concordaria contigo.
    Mas sei do que falamos, sei que começaste a concretizar. E nesse caso, só te posso dizer, com a consideração que tenho por ti (tb graças à tua inteligência, mas não só!): és cego. Não sei se do género pior se do melhor, mas és. E tens dificuldades em calçar os sapatos de outrém, parece-me. Sentes que só a tua posição é defensável, mas não é.

    O partir, muitas das vezes, é O caminho. Não se quer, mas tem de ser. Podes chamar-lhe auto-preservação, ou egoísmo Aí é que entra a cegueira. A vontade é uma questão muito gira de se debater, mas a verdade é que vontade gera vontade (tal como acção gera reacção) e quando nada resta do lado de lá, ergue-se o muro. Deseja-se derrubar? Tenta-se. Tenta-se a sério. Dá-se uma verdadeira machadada e não um simples "knock knock".

    Eu sou a primeira a admitir que é muito fácil opinar e ser-se moralista em relação a estes assuntos.

    Portanto isto é uma mera opinião, que vale o que vale.
    Sempre com a mesma consideração por ti, que espero que saibas que tenho e terei :)

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  7. O que digo, é que acho que esta citação não quer dizer isso, na minha modesta opinião.
    Quando queres alguém fora, não são necessários muros...A não ser que sejam muros para deixar alguém de fora...
    .
    A citação diz claramente que os muros a que se refere não são feitos pa deixar alguém de fora, são feitos para saber quem se preocupa, quem tem vontade e tem o desejo e a fé necessária para os derrubar...
    .
    Se eu não quero que haja ninguém a tentar derrubar, nem espero que isso aconteça,nem há ninguém do outro lado...não há muro.
    Ou havendo, apenas o ergui para que alguém não pudesse entrar, não esperando que alguém efectivamente tenha a vontade de o tentar derrubar...
    .
    Tenho alguns problemas de visão, daí usar óculos...mas ao perto vejo bem,felizmente. E algumas coisas,até é preferível não ver de todo ou ver mt desfocado, quando estão tão ao longe.
    .
    Entre problemas de visão, inteligência ou da incapacidade para calçar calçado alheio, devo estar num sítio por aí algures...
    .
    beijinhos

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  8. Hum, acho é que tu não sabes ainda distinguir muros. Ainda não deves saber bem dizer quais os que te colocam para ver se os queres derrubar e os que colocam para te afastar.
    Acho mesmo que é só por isso que não entramos em consenso, porque, como te disse, teorica e hipoteticamente, concordaria contigo.

    As pessoas têm todo o direito a construi-los e acredita que esse género de muros são os mais dificeis de construir. E as pessoas têm direito também de, frente a um muro, preferirem contorná-lo ao invés de derrubá-lo. Tudo direitos legítimos e compreensíveis além do mais.

    Sem nunca te ter querido ofender, acho que sim, acho que és cego. Talvez não tenhas mesmo noção dos muros construídos à tua volta. Não sei se por não quereres ver, por seres teimoso, por te custar a dar razão ou se por pura ingenuidade.
    Alguns muros seriam apenas de algodão, garanto-te. E se te pico é porque fico frustrada, mas mesmo frustrada por não veres isso. Denota-se uma visão muito negativa sobre o mundo e sobre a condição humana nas tuas palavras. Muitos dos muros são de algodão, algodão doce. Acredita :)
    Beijinho *

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  9. Não sei a que muros te referes...Eu referia-me ao que diz a citação.
    Mas há muros que só se conseguem saber se são de algodão ou de tijolo bem duro, quando alguém os tenta derrubar, quando alguém se manda contra eles...Quem opta por passar ao lado deles, nunca saberá...
    .
    E há muros e muros...Mas o que falavamos era daqueles que são construidos para que um dia aguém tenha a vontade de os derrubar...não aqueles que se erguem para não deixar alguém entrar...São legítimos?Claro que são...Todos têm a legitimidade de fazer o que querem fazer. Apenas, não é sobre esses muros que a citação trata...A citação trata daqueles muros que erguemos não para deixar os outros de fora,mas simplesmente para saber e ver quem se importa o suficiente ou gosta o suficiente para os derrubar.

    beijinhos

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  10. Sim, mas como é óbvio, os muros que constroem para ver se alguém os derruba não são todos compostos pelos mesmo material, às vezes até por uma questão de teste.
    Mas, naturalmente, se ninguém os derrubar, se não tentar ou tentar e não conseguir... eles não caem sózinhos. E creio que aí se tornam em muros que afastam. Do género "se não tens força/vontade suficiente para derrubar, então mais vale manteres-te sempre do lado de fora".
    E quem não os pretende derrubar, bem, não lhe resta senão respeitar o muro...
    Acho que o princípio é sempre este. Daí achar a frase muito simples e os motivos para erguer muros também. Já os construí e já me construiram. That's life... E acho que sempre fui sensível ao outro lado, sempre tentei compreender e respeitar: quem não derrubou o meu muro e quem o construiu. Principalmente quem o construiu porque tenho noção que não é fácil, nada fácil.
    Beijinhos *

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