Todos os dias tropeço. Nem que seja só um bocadinho.
Há dias em que chego mesmo a cair. Cair como quem cai.
A distância até ao chão não é sempre a mesma.
Porque há dias em que estou maior e há dias em que estou mais pequena.
A distância é, então, variável.
A sensação de acuidade provocada pelo estar rente ao chão, não.
Desde sempre é no chão que melhor sinto a presença aguda das (minhas) coisas.
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