segunda-feira, 12 de maio de 2014

Hope Dies After Me

Quem me lê e me conhece sabe que trabalho pelos Direitos Humanos: a minha fé na Humanidade é inabalável, a esperança morrerá depois de mim.

Isto posto, sim, claro que acho que o único objecto que tenho de verdadeiro valor sentimental me será devolvido. Não por karma extra-sensorial que eu comporte - não comporto - mas pela fé que tenho que este apelo chegue a quem de (in)direito e que uma súbita crise de consciência a afecte.

Afinal, é símbolo do meu noivado. Note-se que me irei casar na mesma: tenho comigo o mais importante, nada reduzido a qualquer objectificação: o melhor noivo do mundo. Talvez até me ocorra que, por questões karmáticas, eu não mereça que o anel venha a mim porque já tenho tudo e nada me falta: o melhor noivo do mundo.

A minha felicidade também será inatacável. Choro e chorarei muito esta perda - a Joaninha já dizia "porque há Coisas que não são só Coisas - e agarrar-me-ei à fé e à felicidade que me move: mas infeliz recuso-me a ser!

Mas quem o tem: para quem o tem, é meramente uma coisa. A inscrição interior (" J & J ") nada lhe transmite; não se recorda de ter o namorado, em Paris, ajoelhado perante si a pedir-lhe para consigo partilhar a vida, aceitando quem ela é, conhecendo o seu mais doentio âmago e mesmo assim a querendo, em consciência; não o envergou todos os dias até então com orgulho.

Assim, pede-se a quem o tem que devolva a coisa que muito amor e memórias contem. Com fé e felicidade, humildemente peço a devolução, considerando até uma compensação para quem mo trouxer.

Concretizando a factualidade:

Perdido na Leitaria da Baixa (Rua Passos Manuel) na cidade do Porto no passado dia 10 de Maio (sábado) pelas 16h30. Foi deixado por uns breves cinco minutos no lavatório da casa-de-banho.
Por dentro: J & J .



Obrigada a quem apele à Humanidade e mo traga.

Hope Dies After... Us,
J & J

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