quinta-feira, 28 de julho de 2011

"No mar"


Ontem à tarde estive a beber cerveja num pequeno bar na Senhora da Hora, em Matosinhos, chamado Lux. Um bar normalíssimo, entre tantos outros, onde fui dar só por um motivo: desviei-me do meu percurso errante na Avenida de Timor para ver de perto uma frase pintada num bloco de prédios à minha esquerda que dizia "Amo-te Daniel" em letras enormes. Mesmo ao lado, em letras bastante mais pequenas, alguém escreveu "Amo-te muito Filipa. Ass: JP".
Não há sítio melhor para escrever a palavra "Amo-te" do que a parede duma cidade qualquer. Ao fazê-lo, diz-se simultaneamente a dois mundos que se Ama alguém. Ao mundo pelo qual passamos, esse de ruas e avenidas errantes, e ao mundo por onde queremos passar, esse que assumimos Amar.


Obrigada Ivar Corceiro, pela tentativa tão longa e árdua de tentares compreender as mulheres e, acima de tudo, pela sensibilidade e capacidade de veres Amor onde o mundo vê graffitis. Creio que observarei as paredes do Porto sob uma fresca perspectiva após ler este post, de um blog que me é muito querido há já uns anos. Acima de tudo pelos diálogos, mas também por este tipo de pensamentos, que de tão simples se tornam simplesmente magestosos.
"Gente que Sente"

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